segunda-feira, 16 de julho de 2012

"Removeram pacientes especiais de forma truculenta", segundo a técnica responsável Estado transfere pacientes do Hospital do Iaserj o que coloca em risco os pacientes, dizem servidores




Compa da luta em defesa do SUS

Mobilização no Domingo dia 15/7 reuniu usuários, militantes e servidores contra a demolição do Iaserj - CMP Presente


Estado inicia o desmonte do Hospital Central do Iaserj

O Iaserj sofreu na madrugada de ontem dia 16 de julho uma invasão para consumar o fechamento e demolição do Hospital Central do Iaserj, na Cruz Vermelha, Centro do Rio. O Hospital será demolido e terreno entregue ao INCA, para construção de Centro de Pesquisas contra o Câncer. A PM cercou o Iaserj, em operação coordenada pela Secretaria de Saúde do Estado RJ, que de forma ilegal transferiu pacientes inclusive da UIT sem aviso aos  parentes para onde eram levados os doentes. Servidores eram impedidos de entrar, o diretor da unidade diz que não foi avisado da operação e renunciou  ao cargo na porta do Hospital. Muitos militantes participaram da vigília  durante toda a madrugada, repudiando os ataques e ameaças da PM, contra o Hospital. O governo do estado, em nota informou que os serviços vão continuar no ambulatório do Iaserj do Maracanã. A Defensoria da União ajuizara ação contra  o estado,  já que o Iaserj é patrimônio dos servidores e não poderia ser doado ao Inca.   

 

 Enfermaria vazia do Iaserj - Crime e ilegalidade do SUS




 SinMed denuncia sequestro de pacientes no Iaserj

Durante toda a madrugada deste domingo (15/7), policiais do BOPE, acompanhados de médicos chefiados pela Dra. Valeria Moll, representante da Secretaria Estadual de Saúde, empreenderam o sequestro de pacientes internados no Hospital Central do Iaserj, numa ação jamais vista na história do nosso estado. Ignorando a resistência dos médicos e demais servidores no Iaserj, que permaneceram de plantão na unidade durante todo o final de semana, assim como a resolução do Conselho Estadual de Saúde, que determinou a suspensão da ação do governo contra o Iaserj, os pacientes começaram a ser transferidos para outras unidades, sem dar ciência aos seus familiares. 
“Essa ocorrência, na calada da noite, é semelhante à ação dos ‘gorilas’ da Ditadura Militar, que invadiam as instituições de forma clandestina, sem identificação, para sequestrar pessoas que eram levadas para rumos desconhecidos”, denunciou o Presidente do SinMed, Dr. Jorge Darze. A invasão dos policiais militares às instalações do hospital e a transferência dos pacientes obedece ao projeto da Secretaria de Saúde, de desativação dessa importante instituição, construída com o dinheiro dos servidores públicos, e que será entregue ao Instituto Nacional do Câncer (INCA), para construção de um anexo. 
Nesta ação, vários atos de ilegalidade foram praticados, entre eles:

  1. Os pacientes eram assistidos por médicos do Corpo Clínico do hospital, que não autorizaram as transferências. Os médicos chefiados pela Dra. Valéria Moll, sem credencial, agiram clandestinamente, como agentes do Estado, numa flagrante violação do Código de Ética Médica. O SinMed vai denunciar esses profissionais ao Cremerj pelos ilícitos éticos cometidos.
  2. Houve desrespeito à resolução aprovada pelo Conselho Estadual de Saúde na última 6ª feira (13/7), que após discussão pautada pelo presidente do SinMed, deliberou pela suspensão das medidas de desativação dos Iaserj e transferência dos seus pacientes, até a realização de nova reunião para discutir o assunto, já que não foi consultada pelo governo.
  3. Em visita à unidade, feita na manhã deste domingo, a direção do Sindicato dos Médicos constatou que um paciente em estado grave permanece internado no que restou do CTI de adultos. Os demais leitos foram desmontados com os seus monitores para impedir que novas internações sejam feitas. No Instituto de Infectologia São Sebastião, ainda permanecem internados oito pacientes graves, com diversas patologias infecciosas.
  4. A Dra. Gleyde Selma da Hora, advogada do SinMed, foi ao plantão judiciário na noite deste domingo para despachar mandado de segurança garantindo a manutenção da internação dos pacientes que lá permaneceram, para que não corram o risco de serem removidos de forma arbitrária. O sindicato vai ajuizar ações contra todo esse processo abusivo comandado pela Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.
  5. Contrariando determinação da juíza que autorizou as transferências dos pacientes, os familiares não foram informados sobre o seu paradeiro. Muitos parentes que foram visitar os doentes internados no Iaserj registraram boletins de ocorrência na delegacia policial, solicitando providências para localizar os pacientes.
  6. O Dep. Jurídico do SinMed vai denunciar ao Ministério Público o descumprimento de outras determinações impostas pela juíza nesta ação, entre elas o prazo de divulgação das transferências e o plano de contingenciamento proposto pela magistrada.

Transferência criminosa sem atendimento dos médicos do Iaserj

A transferência – na calada da noite, de forma pouco usual e até truculenta - de pacientes do Hospital Central do Instituto de Assistência aos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (Iaserj) na Avenida Henrique Valadares, no Centro do Rio, para outras instituições de saúde, não significa para os funcionários apenas o risco de perda dos empregos e quebra do vínculo com o ambiente de trabalho, mas ameaça aos próprios pacientes.O Hospital será desativado para que seu prédio possa servir à ampliação do Instituto do Câncer. As remoções, tão logo liberadas pela Justiça, começaram a ser feitas na noite de sábado debaixo de escolta do Batalhão de Choque, como se houvessem marginais. Segundo médicos, estas transferências provocarão desperdícios. Serão perdidos, por exemplo, 16 leitos do Centro de Tratamento Intensivo (CTI) criados há apenas quatro anos. Isto em um estado onde 150 pacientes estão necessitados desta espécie de tratamento e aguardam uma vaga na fila. Um outro paciente que estava internado em leito comum da unidade, foi avaliado pela junta médica como indicativo para UTI e também foi levado para o HEGV. A equipe do Getúlio Vargas recebeu todos os onze pacientes, fez nova avaliação na chegada e concluiu que a transferência foi um sucesso, segura e não alterou o quadro clínico destes pacientes.
Defender o SUS é crime? Para que tantos PMs! Quem tem medo dos movimentos sociais! Voltamos para a ditadura!
Pacientes que estavam  no Iaserj, para onde foram?
PM cercou Hospital e impediu o direito de servidores do Iaserj - Justiça  autoriza absurda transferência de pacientes em um ataque direto contra o funcionamento do Hospital do Iaserj
Conselho Estadual de Saúde em nota é contra fechamento do Iaserj
Na semana passada a Justiça suspendeu a liminar emitida em junho, autorizando a remoção dos internados na unidade e a desativação dos serviços no Hospital Central do Iaserj.
Em sessão realizada na sexta-feira (13), o plenário do Conselho Estadual de Saúde manifestou sua contrariedade ante a decisão judicial que permite ao governo do Estado transferir pacientes e desativar o Hospital Central do Iaserj. 
O Conselho afirmou por nota que não foi ouvido ou sequer consultado a respeito da matéria, o que "retira qualquer legitimidade de decisão por parte do poder executivo". O Conselho destacou ainda que faz parte da estrutura do Hospital do Iaserj o único centro de referência em doenças contagiosas do Estado do Rio (Hospital São Sebastião), e que o encerramento das atividades do Hospital do Iaserj causará grande impacto na rede pública, que teria de absorver 400 leitos públicos, incluindo leitos especializados de terapia intensiva, cirurgias endoscópicas etc.
Camas vazias em uma das enfermarias do Hospital do Iaserj - Crime a destruição do Hospital




De redes sociais, JB e Sinmed Rio

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