sexta-feira, 1 de abril de 2011

Solidariedade Urgente - Julgamento do Companheiro Gegê dia 4 de abril









A CMP RJ, o julgamento do Companheiro Gegê acontece na segunda feira, dia 4 de abril de 2011, e a CMP  Brasil convoca as entidades populares , movimentos sociais, sindicatos, LGBTs, Mulheres, redes, MST, juventude e Negros, para manifestarem seu apoio e solidariedade na luta contra a perseguição política e a criminalização. 

Todos a São Paulo, em defesa da liberdade de Gegê.

Solicitamos a Todos (as), para  divulgar esta luta em suas listas.

Nenhuma Condenação!!! Liberdade para Gegê!!!! 



CMP RJ



Liberdade para GegêVersão para impressãoEnviar por E-mail
Nos dias 4 e 5 de abril, o líder do Movimento de Moradia do Centro (MMC), Luiz Gonzaga da Silva, o Gegê, deve ir a júri popular. O julgamento estava marcado para 16 e 17 de setembro de 2010, mas não se concretizou. Representante do Ministério Público de São Paulo, responsável pela acusação, no próprio dia se recusou a realizar o julgamento, justificando que desconhecia o conteúdo de todas as provas apresentadas pela defesa. Tal posição foi aceita pela juíza e a data foi remarcada para abril. 
A não realização do Tribunal do Júri naquele momento pôde se reverter em uma conquista importante. Como contrapartida ao adiamento do julgamento, a juíza deferiu o pedido da defesa e colocou fim a ordem de prisão expedida contra o líder, em vigor até aquele momento.

A experiência vivida por Gegê, que se inicia nas primeiras investigações de um crime do qual é injustamente acusado, reforça algumas lições. Uma delas é o uso do aparato policial e judicial por parte de forças conservadoras para desarticular movimentos populares reivindicatórios de direitos. 
Neste sentido, o uso político do direito é evidente. Diante deste cenário, a mobilização para o próximo julgamento é de vital importância, não para a resolução de um caso pessoal isolado, mas pelo contrário, para o fortalecimento das lutas populares. Para tanto é preciso evitar o avanço do conservadorismo, que hoje criminaliza as lutadoras e lutadores do povo, criminalizando a própria luta. 
Os fatos
No dia 18 de agosto de 2002 ocorreu um homicídio em um dos acampamentos do Movimento de Moradia no Centro de São Paulo (MMC), entidade filiada à Central de Movimentos Populares (CMP).
De tudo o que foi apurado, tem-se notícia de que a discórdia surgida entre o autor dos fatos (ainda não procurado e investigado) e a vítima surgiu pouco antes do fatídico acontecimento, no qual a vítima (que residia no acampamento) teria ofendido o autor do crime (visitante e não residente no acampamento), que para vingar-se das ofensas sofridas, acabou por tirar-lhe a vida.
Vale esclarecer que ambos não participavam da organização do acampamento e eram estranhos à luta do movimento de moradia do centro.
Este conflito nada teve a ver com as reivindicações do MMC e a dinâmica interna do acampamento, mas foi aproveitado para incriminar e afastar do local a organização deste movimento e o apoio às famílias acampadas.
O acampamento era localizado na Vila Carioca, na Avenida Presidente Wilson. As famílias integrantes da ocupação, em sua grande maioria, eram oriundas do despejo de um prédio, pertencente ao então falido Banco Nacional, na Rua Líbero Badaró, n. 89, no centro da capital paulista. Essa remoção para a nova área fora autorizada pelo Governo do Estado, em negociações que envolveram o então governador Mário Covas.
Gegê participou diretamente da negociação para que as famílias despejadas pudessem ter moradia digna. Enquanto ela não viesse, as famílias se manteriam acampadas e organizadas, como em qualquer outra ocupação. Conhecido por sua combatividade e luta não só no centro de São Paulo, mas em todo o Brasil, ele sofreu diversas ameaças pessoais. A própria vida de Gegê era constantemente alvo de ameaças.
Dois anos depois do crime, Gegê foi preso por mais de 50 dias. Após ser solto, em decisão de Habeas Corpus, sofreu uma prolongada situação de instabilidade e insegurança, na qual diversos pedidos de liberdade eram concedidos para, momentos depois, serem repentinamente revogados.
Tanto nos autos do inquérito policial instaurado no 17º Distrito Policial, no Ipiranga, quanto nos autos do processo penal em andamento, o autor do homicídio (já conhecido e identificado) nunca foi investigado, preso ou procurado. O inquérito policial acabou sendo maculado por manipulações e falsos testemunhos por parte dos que intencionavam incriminar Gegê.
Sobre o Comitê
O comitê Lutar Não É Crime propõe uma Campanha Nacional pelo fim da criminalização dos lutadores e lutadoras do povo. Conclamamos todos os movimentos sociais e populares, da cidade e do campo, a desencadearem uma ofensiva pela criação de comitês nos estados que somem forças à essa luta.
Sobre Gegê 
Gegê tem um longo histórico de militância social e sindical. Ele foi um dos fundadores da Central Única dos Trabalhadores (CUT), do PT e de movimentos de moradia. A Unificação das Lutas de Cortiço (ULC), do Movimento de Moradia do Centro (MMC), da União dos Movimentos de Moradia do Fórum Nacional de Reforma Urbana e a Central de Movimentos Populares (CMP) estão entre as organizações que contaram com a participação do líder. 

Comitê Lutar Não é Crime

Nota PT SP em apoio a Gegê


Companheiros(as),
o companheiro Gegê, líder dos movimentos sociais, principalmente,  da luta por moradia, está sendo acusado de um crime que ele não cometeu. Na verdade, ele é mais uma vítima da criminalização dos movimentos sociais que, infelizmente, ainda acontece em nosso país mas principalmente no estado de São Paulo.


O Julgamento do companheiro Gegê será no dia 4 de abril (segunda feira), a partir das 13 horas, no Forum da Barra Funda, Av. Abrahão Ribeiro, n° 313 noPlenário 4.   O Júri se estendera até o dia 05/04/2011, e aqueles que puderem podem assistir o julgamento em ambos os dias, pois há no referido plenário lugar para 50 pessoas.
A Secretaria de Movimentos Populares e Políticas Setoriais do PT/SP, está participando do comitê pela liberdade do Gegê e  está organizando a participação dos parlamentares e militantes petistas para acomnpanhar o julgamento. È importante que, nesse momento decissivo, possamos reforçar nossa solidariedade, acompanhando o julgamento para dar força ao companheiro Gegê e a sua luta por um mundo mais justo e igualitário.


O militante ou parlamentar petista que deseja participar do julgamento do Gegê, entre em contato com a Secretaria de Movimentos Populares via e-mail,
movpopulares@pt-sp.org.br  ou  pelos telefones 11-2103-1313, 2103-1354 (falar com Mariana), para organizarmos a lista dos companheir@s.
Manifeste sua solidariedade ao nosso companheiro pelo blog:http://www.lutarnaoecrime.blogspot.com/

Contamos com a sua solidariedade

Wellington Diniz Monteiro
secretário de Movimentos Populares e políticas setoriais PT/SP

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