NOTA PÚBLICA DA CMP
A Central de Movimentos Populares, entidade nacional articuladora dos movimentos populares, através de sua coordenação, vem publicamente se manifestar com relação à eleição do Deputado Federal Pastor Marco Feliciano para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados Federal.
A
Comissão de Direitos Humanos da Camara dos Deputados é um instrumento
público e político de afirmação e defesa das minorias e dos excluídos do
Brasil. Trata-se de espaço de importância significativa do Poder
Legislativo Nacional, que em sua história de debates e defesa dos
excluídos e das minorias sempre teve um papel atuante e digno de sua
função e propósito legislativo.
Consideramos
que a Comissão de Direitos Humanos, tem a tarefa de receber e
encaminhar as denuncias de violações de direitos humanos, e vem
cumprindo ao longo de sua existência seus preceitos democráticos e
imparciais, e jamais poderemos admitir que seja designado para
presidi-la parlamentar que tem histórico de intolerância e
imparcialidade contra os direitos humanos com julgamentos
preconceituosos contra minorias.
Também
consideramos a Comissão de Direitos Humanos como um espaço de diálogo
entre o legislativo, os movimentos sociais e sociedade civil; espaço de
manifestação democrática e de reivindicação da defesa, proteção e
promoção dos direitos humanos individuais e coletivos.
Através
desta, manifestamos, assim, o nosso repúdio e total desacordo em
relação ao eleito à Presidência da Comissão de Direitos Humanos,
Deputado Federal Marco Feliciano, pelo seu histórico que mancha a
liberdade de expressão de grupos LGBT, onde predominam posições que não
respeitem os direitos humanos e das minorias e incitem a intolerância religiosa.
A
CMP explicita aos parlamentares e lideres partidários, que reavaliem
tal possibilidade, sob pena de provocar um profundo desgaste entre a
Câmara Federal e os Movimentos Sociais e sociedade civil em geral,
manchando a imagem política do Congresso, descredibilizando-a como
espaço de promoção e defesa dos Direitos Humanos.
Central de Movimentos Populares
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